EM TEMPOS DE POLITICAMENTE CORRETO, EM QUE A CARIDADE E O
BEM-FAZER ESTÃO EM ALTA, AS IDEIAS DO CINEASTA SÉRGIO BIANCHI E DO FILÓSOFO
SLAVOJ ZIZEK SE ENCONTRAM PARA MOSTRAR COMO O MERCADO SUGERI, IDEOLOGICAMENTE,
ESSAS ATITUDES AFIM DE ESTIMULAR O CONSUMO SEM CULPA.
Duas pessoas me chamam a atenção quanto ao tratamento da relação
entre a sociedade e os poderes que a dirigem: o filósofo esloveno Slavoj Žižek e o cineasta brasileiro Sérgio
Bianchi. O que eles têm em comum, e o
que tentarei mostrar aqui, é a rejeição das máscaras ideológicas da tolerância,
que velam a economia global em suas formas mais cruéis, sendo que Bianchi concentra
o seu trabalho na representação e interação das classes da sociedade brasileira,
ao ponto que Žižek busca tecer um
conhecimento a respeito dos "subterfúgios do capitalismo liberal por todo
o mundo"[1].
Outro ponto de convergência é a ligação do filósofo com o cinema. Apesar de não
ser cineasta, ele tem o cinema, e principalmente as produções hollywoodianas,
como objeto de pesquisa e exemplos para suas reflexões, além de ter participado
de dois filmes que apresentam suas análises.
Quando me refiro a máscaras estou falando sobre o "cinismo
descarado" (Žižek, 2012, p. 14) do
capitalismo global, que ao invés de agir pontualmente a favor da emancipação da
população explorada, prolonga o status
quo através de discursos e práticas distorcidas, por exemplo, sobre
"sustentabilidade" ou "inclusão social" que se tornaram
necessários para a continuidade da ordem mercadológica e, consequentemente,
vem perdendo sua funcionalidade real.
Podemos até fazer uma alusão a este processo, usando uma frase da música Não existe Amor em SP, do rapper Criolo,
se trocarmos a palavra "São Paulo" por "sustentabilidade";
essa sustentabilidade mambembe que vemos sendo praticada:
São Paulo é um buquê
Buquês são flores mortas
Num lindo arranjo
Arranjo lindo feito pra você
Buquês são flores mortas
Num lindo arranjo
Arranjo lindo feito pra você
Sob o signo da responsabilidade social, cada vez mais os governos
neoliberais estão delegando funções de cunho social, antes restritamente de incumbência
dos órgãos públicos, à empresas privadas. No Brasil vemos isso em forma de
projetos de incentivo à cultura, educação e meio ambiente, cujo valor, que é distribuído
em forma de produto social, é abatido do imposto de renda e retorna para a
instituição investidora como marketing. Isso não é novidade. A pergunta que
surge é: Qual a verdadeira preocupação da empresa que "investe" na
inclusão social ou na cultura? E a do governo? É aqui que Žižek
e Bianchi fazem suas observações.
Percebendo este
fenômeno, - que não é exclusivamente brasileiro, apesar de funcionar através de
mecanismo diversos e diferentes pelo mundo - o filósofo
Slavoj Žižek explica porque hoje, "caridade não é mais apenas uma
idiossincrasia de alguns caras legais, mas o constituinte básico da nossa
economia". (Žižek, 2009) Hoje não mais compramos, vendemos e damos parte para
uma "boa causa", como por exemplo, ecologia. No ato de consumir, está
cada vez mais implícito o ato caridoso, ou anti-consumista.
Ao entrarmos em uma
loja Starbucks, por exemplo, nos deparamos com selos e cartazes que garantem
que o café ali vendido é produto de uma negociação justa - o fair trade - que resulta no investimento
e crescimento sustentável das comunidades que plantam os grãos. "Você não
compra apenas um café, você compra o próprio ato do consumo [...] Você compra a
própria redenção por ser um consumidor" (ibdem), diz Žižek, que a isto chama de Capitalismo Cultural - empregando e
adaptando o termo "Capital Cultural", cunhado por Pierre Bourdieu: paga-se pelo produto + a política de "boa ética" proposta
pela empresa.
Outro exemplo
explorado pelo filósofo são as maças orgânicas. Provocador, Žižek,
acusa os compradores de maças orgânicas de preferi-las não, realmente, por
acreditarem que será melhor do que aquela com agrotóxicos ou geneticamente
modificadas (e que custam metade do preço), mas porque assim eles podem pensar
que estão fazendo "algo pela nossa Mãe Terra, pelo nosso planeta, etc,
etc." (Žižek, 2009) Ele admite ser cético e cínico, argumentando ser
este o preço do "ato egóico de
consumo".
Em uma das cenas do
filme "Quanto Vale ou é por Quilo?" (Bianchi, 2005), um dos personagens principais, Ricardo, um
consultor para ONGs que precisam captar recursos para seus projetos, faz um
vídeo institucional convidando parceiros para sua empreitada, explicitando do
que constitui esse ato egóico aplicado mercadologicamente:
"Consumidores da classe AA sempre
imprimiram o seu padrão de consumo a outras classes. Hoje a classe média também
quer ter o luxo de ter princípios. Daí esse surto de ações socias. Só no Brasil
estimam-se cerca de 20 milhões de voluntários. Para as empresas esse público de
20 milhões é um potencial de gerador de lucros. Por outro lado, o consumidor
quer que a empresa tenha responsabilidade social. A empresa socialmente
responsável pode até vender mais caro que a concorrente, afinal está cobrando
mais pelo bem comum. A sua empresa também pode se associar a este projeto
vencedor".
A cena acima, cuja
carga cínica é construída pelo personagem ao longo do filme, pode ser
contraposta com uma citação que Žižek faz do livro de Oscar Wilde, A Alma do Homem sob o Socialismo (1891):
"Os
piores donos de escravos são aqueles que são bons para os seus escravos e que
assim impedem que o núcleo do sistema seja percebido por aqueles que sofrem com
ele, e entendido por aqueles que o contemplam. A caridade degrada e
desmoraliza. É imoral usar a propriedade privada de forma a aliviar os males
horríveis que resultam da instituição da propriedade privada." (WILDE,
1891 apud ŽIŽEK, 2009)
Ironicamente, a
citação acima foi proferida em uma palestra de Žižek na RSA (Royal Society for the encouragement of Arts,
Manufactures and Commerce) - uma organização não governamental e sem fins
lucrativos, patrocinada por pessoas físicas e jurídicas, com o intuito de
encontrar soluções práticas para os desafios sociais contemporâneos.
Enquanto Žižek
teoriza sua visão de mundo, Bianchi constrói cenas impactantes sobre a
hipocrisia e a pobreza (inclusive de "espírito") de nossa sociedade,
colocando o espectador diante de uma "verdade
traumática". Assim, seus filmes parecem concordar com Žižek quando diz que as viradas em direção a emancipação acontecem quando
essa verdade traumática "não só é aceita de maneira distanciada, como
também vivida por inteiro", quando "nos apavorarmos com nós mesmos".
É este o efeito que Bianchi causa em seus espectadores: desgosto com a nossa
própria condição de ser humano, para então, podermos escapar da mentira que é o
"estado 'espontâneo' da vida cotidiana" (Žižek, 2012, p.14). Em outras palavras, metaforicamente, um soco no
estômago, uma puxada de tapete, de quem acha que está contribuindo para a
sociedade, fazendo caridade ou levantado uma bandeira de "boa causa".
Sugiro, então, que é este o efeito, de "verdade traumática",
que Bianchi forja em seus espectadores ao filmar, "Cronicamente
Inviável" (1999). Já na primeira cena do filme, um
homem mexendo em um vespeiro com uma tocha de fogo, simboliza o que estamos
para assistir: o tráfico de órgãos, o abuso de autoridade por parte da polícia
militar, o separatismo sulista, a alienação do povo no Carnaval, entre outros
temas "cabeludos".
A "realidade brasileira" é enfatizada pelo diretor através de
personagens como o casal carioca da classe média-alta, Maria
Alice e Carlos: ela, que demonstra
compaixão[2]
com as pessoas de classe mais baixa; e ele, de visão pragmática sobre a vida, acreditando
na racionalidade como forma de tirar proveito da bagunça típica do Brasil. É
dele um marcante discurso sobre a "institucionalização" do
"trambique" nacional, tornando impossível sobreviver no País
honestamente. Além disso, ele ridiculariza a
esposa por sua "vontade de ajudar o próximo" (sendo claro no filme
que ela fala muito mais sobre a desigualdade do que faz), e humilhar a
empregada doméstica, com a justificativa de que "A lei do menor esforço é
a que rege o mundo. É preciso manter as pessoas em permanente tensão".
Voltando ao filme
"Quanto Vale ou é por Quilo?", Bianchi fala, não somente, sobre a
falta de ética no "comércio"
da caridade no Brasil, mas também traça um paralelo entre a situação dos negros brasileiros durante o
período da escravidão, e a situação hoje, dos herdeiros (que não são,
necessariamente, descendentes dos africanos) dessa "justiça" escravocrata
que exterminou qualquer possibilidade de superação e emancipação, a curto prazo,
das camadas dominadas.[3]
Essa discussão nos
leva a um outro personagem de "Quanto Vale ou É Por Quilo?", um jovem
cuja história se cruza com a do consultor Ricardo ao sequestrá-lo com a
justificativa de que esse seria um mecanismo de "distribuição de renda e
justiça social". Žižek compara - inclusive citando um
"arrastão" no Rio de Janeiro - este tipo de mecanismo de justiça social (ou vingança, ou
justiça com as próprias mãos) ao conceito de "violência divina",
desenvolvida por Walter Benjamim [4]
(Žižek, 2011, p. 171)
O sequestrador, um negro, agora preso e inconformado com a
sustentação do poder em nossa sociedade, e cuja sagacidade e senso crítico é
simbolizada pelo óculos de grau que usa, reflete a ideia de Žižek sobre uma enorme parcela da população,
os "favelados", que "não é apenas um excedente desnecessário:
ela se incorpora de várias maneiras à economia global" (Žižek, 2011, p. 419). De dentro de uma cela
superlotada o presidiário diz:
"Esse é
o nosso navio negreiro. Dizem que a viagem era bem assim. Só que ela só durava
dois meses. E o principal, o navio ia terminar em algum lugar. Na escravidão a
gente era tudo máquina. Tudo máquina! Só que aí eles pagavam o combustível e a
manutenção para que a gente tivesse saúde para poder trabalhar de graça para
eles. Agora não. Agora é diferente. Agora a gente é escravo sem dono. Cada um aqui custa 700 paus para o
Estado por mês. Isso é mais do que três salários mínimos. Isso diz alguma coisa
sobre esse país. O que vale é ter liberdade para consumir. Essa é a verdadeira
funcionalidade da democracia."
Seriam as favelas e periferias dos grandes centros urbanos
brasileiros um tipo de novo apartheid
[5]? Me
parece coerente usar este termo para designar a conjuntura em que vive a
população marginalizada (e subsequentemente, carcerária) do Brasil e que
assistimos nos filmes de Bianchi.
Diferente de "Quanto Vale ou é por Quilo?" e
"Cronicamente Inviável, o terceiro filme sobre o qual falarei aqui, "Os
Inquilinos", é uma narrativa de ficção linear, que não alterna com
aspectos do gênero documentário[6]. Neste
filme, Bianchi se concentra no desenvolvimento de um personagem central,
Valter, um trabalhador informal, ou seja sem direitos ou garantia. O personagem,
morador de um bairro de classe média baixa do subúrbio de São Paulo, tem sua
consciência e rotina abaladas quando homens, aparentemente criminosos, alugam a
casa ao lado.
Com se não bastasse a violência cotidiana que vive (o ônibus
lotado, as brigas que assiste no trânsito, a falta de respeito do chefe, o
contato com a miséria, e por aí vão as situações que o cidadão, principalmente
o mais pobre, se depara diariamente), Valter, esposo e pai de um casal de
adolescentes, entra num processo de paranoia pois passa o dia todo fora
trabalhando e a noite frequentando o curso de Educação para Jovens e Adultos
(EJA), sem saber, ao certo, o que acontece e quais riscos que ele e sua família
estão correndo. Quando, finalmente,
chega em casa ele ouve os comentários da esposa sobre os vizinhos suspeitos que
não trabalham, criam confusão na rua e fazem festas exageradas com prostitutas
e som alto que segue pela madrugada e perturba o sono do trabalhador honesto. É
o medo e a incerteza instaurado em sua vida, provocado pelo "desconhecido
conhecido".
Para entender o "desconhecido conhecido" é
importante lembrar de um evento de 2002 quando, após os Estados Unidos falharem
em comprovar a existência de armas de destruição em massa no Iraque, o então
Secretário da Defesa norte-americano, Donald Rumsfeld, tentou explicar a falta
de evidencias de ligação entre o terrorismo do Al-Quaeda e o Iraque, com uma
declaração[7]
pontuando três
tipos de certezas: 1) conhecidos que conhecemos; 2) conhecidos que
desconhecemos; e 3) desconhecidos que desconhecemos.
Há
conhecidos que conhecemos, há coisas que sabemos que sabemos. Também sabemos
que há conhecidos que desconhecemos, o que quer dizer que sabemos que há
algumas coisas que não sabemos. Mas também há coisas desconhecidas que
desconhecemos, aquilo que não sabemos que não sabemos. (RUMSFELD, 2002)
Em 2004, Zizek
escreveu um artigo, acusando governo
Bush e Rumsfeld de promover a tortura
contra os internos da prisão de Abu Ghraib - acusação esta que veio a ser confirmada poucos anos depois. Ele propôs, então, um quarto tipo de certeza: o
"desconhecido que conhecemos". Ou seja,
...as coisas que nós não sabemos que sabemos, que é,
precisamente, o inconsciente freudiano,
o "conhecimento que não se
conhece", como Lacan costumava
dizer.
Se Rumsfeld acha que os principais perigos no confronto com o Iraque foram os "desconhecidos
desconhecidos", ou seja, as ameaças de Saddam, cuja natureza não podemos sequer suspeitar, então o escândalo de Abu Ghraib mostra que os principais perigos residem nos "conhecidos desconhecidos" - crenças, suposições e práticas obscenas renegadas que fingimos
não conhecer, mesmo que elas formem o pano de fundo
de nossos valores públicos. (ŽIŽEK, 2004)
Voltando a
consciência de Valter - e da população que vive o terror urbano - vemos todos
os tipos de medos possíveis provocados por "certeza incertas" (ou
seriam "incertezas certas"?), que não nos permite verificar como ou
de onde o perigo virá (desconhecido conhecido). A eminência de uma tragédia que
nos cerca, causando a desconfiança entre os conterrâneos, mas ao mesmo tempo nos paralisando, pois
seria obsceno (usando um termo de Zizek), declarar este medo e agir contra ele levando
em conta que tudo o que temos são incertezas.
No início deste
artigo foram feitas duas perguntas sobre as intenções da instituição privada e
do governo quando "investem" na "inclusão social" e eu
acredito que é justamente sobre isso que os dois autores que protagonizam este
texto se preocupam. Será que existe de fato uma preocupação, ou será que existe
apenas a intenção de manter o poder nas mãos de poucos. A impressão que temos
ao interpreta-los é de que eles acreditam que vivemos em uma conjuntura
violenta e traumática disfarçada de bons propósitos e que visam o interesse de
poucos. As ideias de Bianchi e Zizek parecem se interceptar o tempo todo, demonstrando que é possível desenvolver um
senso crítico e não se deixar enganar pela ideologia que tenta nos conduzir
para dentro da caverna de Platão.
REFERÊNCIAS
BAKER,
C. The SAGE Dictionary of Cultural Studies. Londres: Sage, 2004.
BIANCHI,
S. - http://www.youtube.com/watch?v=QgIVpo1KJ9c
BIANCHI,
S. Entrevista com o
diretor do filme Quanto Vale ou é Por Quilo?: entrevista. [16 de maio de 2005] São Paulo: Revista Época. Entrevista concedida a Ana Aranha e Cléber Eduardo. Disponível em:
<http://revistaepoca.globo.com/Epoca/0,6993,EPT961935-1655-3,00.html>
Acesso em: 17/01/2013.
Entrevista
Bianchi http://p.php.uol.com.br/tropico/html/textos/3025,1.shl - A indignação de Sergio Bianchi - Por Alan de
Faria - Publicado em 21/10/2008
ŽIŽEK, S.
What Rumsfeld Doesn't Know That He Knows About Abu Ghraib. In These Times. mai. 2004. Disponível em: <http://www.lacan.com/zizekrumsfeld.htm>
Acesso em: 17/01/2013.
ŽIŽEK, S.
First as Tragedy, then as Farse. depoimento em vídeo [24 de novembro de 2009].
Londres: RSA Disponível em: <
http://www.thersa.org/events/video/archive/slavoj-zizek-first-as-tragedy,-then-as-farce
>. Acesso em: 17/01/2013.
Žižek,
Slavoj. A Visão em Paralaxe. Traduçao: Maria Beatriz de Medina. São Paulo:
Boitempo, 2008.
Žižek,
Slavoj. Em Defesa das Causas Perdidas. Traduçao: Maria Beatriz de Medina. São Paulo:
Boitempo, 2011.
Žižek,
Slavoj. Vivendo no Fim dos Tempos. Traduçao: Maria Beatriz de Medina. São
Paulo: Boitempo, 2012
[2] Lembro aqui
do capítulo 9, do livro A Insustentável
Leveza do Ser, dedicado a etimologia
da palavra "compaixão", que nas línguas latinas significa piedade, ou
seja, oferecemos nossa compaixão, sem
porém compartilhar do sentimento que leva o próximo a sofrer, um sentimento
"medíocre", de acordo com o autor. Já nas línguas germânicas a palavra
compaixão assume um sentido de
"co-sentimento": o indivíduo que sente compaixão sofre junto ao seu
próximo o mesmo sentimento. Nas palavras do autor, "é o sentimento
supremo". (KUNDERA, 2008, p. 25)
[3] É
importante notar que Bianchi, frequentemente, faz uso de artíficios do gênero do cinema-documentário, como que para legitimar
sua crítica. No caso do filme aqui citado ele utiliza dados públicos, como por
exemplo o crescimento da população carcerária e relatos históricos pesquisados
no Arquivo Nacional.
[4] Walter
Benjamim, "Critique of Violence", em Selected Writings, v. 1,
1913-1926 (Cambridge, Massachusetts, Harvard University Press, 1996.)
[5] "(...) em nenhum
outro lugar as formas de apartheid são
mais palpáveis do que nos ricos Estados
produtores de petróleo do Oriente Médio: Kwuait, Arábia Saudira, Dubai.
Escondidos nos subúrbios, muitas vezes por trás do muro, há dezenas de milhares
de trabalhadores imigrantes 'invisíveis', que fazem o trabalho sujo, da
manutenção até a construção civil, separados de suas famílias e sem nenhum
privilégio." (Zizek, 2012, p. 12).
[7] Esta
declaração foi tão criticada como elogiada por políticos, jornalistas e
linguistas tanto por sua complexidade como por sua clareza. Para Zizek,no
entanto, não passou de "um pouco de filosofia amadora". (Zizek, 2004)
Não rola uma foto do Zizek ou do ''Cronicamente Inviável, aqueles pôsters do filme são incríveis.
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